quarta-feira, 23 de junho de 2010

Breakfast at Tiffany's (1961)



«You know what's wrong with you, Miss Whoever-you-are? You're chicken, you've got no guts. You're afraid to stick out your chin and say, "Okay, life's a fact, people do fall in love, people do belong to each other, because that's the only chance anybody's got for real happiness." You call yourself a free spirit, a "wild thing," and you're terrified somebody's gonna stick you in a cage. Well baby, you're already in that cage. You built it yourself. And it's not bounded in the west by Tulip, Texas, or in the east by Somali-land. It's wherever you go. Because no matter where you run, you just end up running into yourself.»

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Allende, o visionário.



E a propósito, uma quote interessante do realizador John Pilger:

"The World Bank says its aim its to help poor people, promoting what it calls Global Development. It's an ingenious system, a kind of socialism for the rich and capitalism for the poor. The rich get richer on running out debt, cheap labor and paying as little tax as possible while the poor get poorer as their jobs and public services are cut back in order to pay just the interest of debt owed by their governments to the World Bank."

domingo, 9 de maio de 2010

Conscience

"Reason sits firm and holds the reins, and she will not let the feelings burst away and hurry her to wild chasms. The passions may rage furiously, like true heathens, as they are; and the desires may imagine all sorts of vain things; but judgement shall still have the last word in every argument, and the casting vote in every decision. Strong wind, earthquake-shock, and fire may pass by: but I shall follow the guiding of that still small voice which interprets the dictates of conscience"

Jane Eyre, Charlotte Brontë

quarta-feira, 14 de abril de 2010

London


Nestes momentos deveria surgir a eloquência para escrever algo brilhante.

Mas de momento só me sai isto:

Parece que vou para Londres, como queria e planeava desde os 17 anos.

Não acredito enquanto escrevo. Parece-me demasiado irreal.
Não gosto de falar de boca cheia.
Mas parece que afinal o esforço compensou.
Acho que está no momento de me sentir feliz, de ter o meu momento.

Até lá, continuar a trabalhar e viver o dia-a-dia com tranquilidade
(como diria um certo treinador de risco ao meio).

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Será que é o Jules outra vez? É sim.


Mas desta vez (e bem) acompanhado.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Vulnerabilidades

Quando era criança quase que adorava estar doente. Faltar às aulas, ter a mãe constantemente a zelar por nós e pelos nossos caprichos (quero uma torrada! e um chá!), ter mimos e atenção, por horas indefinidas.

Estar doente enquanto se está sozinho é das piores sensações que já experimentei. Estar dorido de febre, tremendo, com a cabeça a estalar, ter que ir fazer o cházinho, tão característico da mãe, é-me estranho e não me parece algo normal. Para além dos males da gripe, sento uma falta de carinho e atenção que me aflige ao máximo.

Já passei por muito, aprendi bastante nestes últimos meses. Depressa uma pessoa se desabitua do hábito quotidiano de estar sentado ao computador, esperando que alguém, quase sempre a mãe, nos chame para jantar. Mesa posta, comida feita. Muitas vezes absorvida em breves minutos, seguidos dos quais nem um "obrigado", mas sim o levantar imediato da mesa. Actos irreflexos, involuntários, banais. Quando se vive sozinho, somam-se responsabilidades, obrigações "porque é que tenho de ir lavar a loiça se ainda ao almoço a lavei?"... porque ninguém o fará, senão eu.

Mas estar doente, não é algo que se consiga suportar, quando as saudades se acumulam. A semi-independência pela qual lutamos nunca visa estes momentos. "Se estiver doente? Desenrasco-me...". Mas estar doente, não é o mesmo que ter de cozinhar, ter de lavar a loiça, ou a roupa. Estar doente é estar vulnerável, é querer alguém do nosso lado, é o chá trazido sem demora.
E quando não o temos, somos a pessoa mais só deste Mundo.

domingo, 21 de março de 2010

Trust will get you down



You shouldn’t be alone in there
You could be above ground

quinta-feira, 18 de março de 2010

Os "novos" miseráveis


Ao meio-dia, ao sair de casa deparo-me com eles, os que apelidamos de indigentes, a apanhar do chão os restos do Mercado. Frutas, vegetais, tudo... Espectáculo degradante da dignidade humana. Os homens do lixo, encarregues de limpar aquilo que os outros apanham do chão, aguardam já como tradição, que acabem a sua tarefa, para começar a sua.

Ao fim do dia, ao chegar a casa deparo-me com outro cenário, talvez não tão degradante mas não menos aflitivo. São eles de novo, mas desta vez submissos, aguardando o que para muitos é a única refeição do dia: uma sopa quente, que os leva a esperar obedientemente em fila. Vejo pessoas novas, velhas, homens e mulheres...

Com receio de os envergonhar, desvio o olhar, só para ver mais duas pessoas, desta vez a vasculharem o lixo à porta do meu prédio.

São os "novos" miseráveis (que de novo têm pouco, já que sempre existiram).
E esta é a Paris do século XXI. A civilização avança, o Mundo sofistica-se, mas as desigualdades e a degredo humano, esses permanecem intactos. Resta-nos assobiar e fingir que nada disto acontece a cada dia, nas cidades mais caras, modernas, e prósperas (para alguns, claro está)...

Ilustração original do Jean Valjean de "Os Miseráveis", livro escrito por Victor Hugo em 1862.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Triste realidade

Saio de uma aula de Justiça Internacional focada nos crimes hediondos praticados durante a 2ª Guerra Mundial: racismo, anti-semitismo, exterminação...
Saio aturdida, mas a pensar que apesar de tudo, o Mundo hoje está um pouco melhor.

Entro num autocarro. Uma família de ciganos, provavelmente romenos, está sentada na parte de trás. Eu sento-me naturalmente num dos bancos adjacentes. À medida que outras pessoas vão entrando, reparo que estas abrem os olhos assustados na sua direcção, e espantada, vejo que nenhum deles se senta na parte de trás do autocarro. À medida que vai enchendo, as pessoas aglomeram-se na parte da frente, sendo que atrás, sobram lugares... Uma mulher cobre a boca e o nariz com um lenço, presumidamente devido ao cheiro dos inquilinos da parte de trás. Mais olhares. Como se de um espectáculo de circo, ou pior, se uma exibição de jardim zoológico se tratasse. Uma mulher, distraída, avança para se sentar atrás e ao olhar para os ciganos, acaba por se ir sentar na zona aglomerada, a da frente.

Um sentimento estranho invade-me. Apetece-me chorar e ao mesmo tempo sinto-me nauseada. Tantos anos se passaram desde a abertura de ghettos para pessoas diferentes, pessoas que deveriam estar à margem da sociedade, sem ser vistas. Constato que afinal, o Mundo não está assim tão melhor como gostamos de pensar de forma optimista, para melhor acordarmos a cada dia, de consciência leve. Mas a verdade, é que todos os dias pessoas são tratadas de forma diferente, à nossa vista, facto que nós nos habituámos a encarar como sendo normal.

Pensem bem: Perante dois lugares vazios, qual é a maior probabilidade? Sentarem-se ao lado de um cigano ou de qualquer outro individuo de tez escura e diferente, ou sentarem-se ao lado de um branco, de alguém como vós?

A realidade é dura. E eu já o deveria saber há muito tempo... Afinal vivo num país onde querem banir o uso de véus e burkhas, onde tudo o que são sinais de diferença são imediatamente ligados a insegurança. Ao medo daquilo que não aceitamos como sendo normal... E o racismo, a discriminação acabam por ser apenas veículos que as pessoas, nós, adoptamos para nos sentirmos mais seguras...

Estranho Mundo este.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

"You are looking for your own voice, but in others"



"Drop your guard,
you don't have to be smart all of the time."

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Antes só..

Antes só
Do que mal acompanhado

Antes só
Do que ter alguém por nós

Antes só
Que ter alguém sem carinho

Antes só
Que ficar de porta aberta
Sabendo bem que na certa
O amor não vem

Antes só
Sem ilusões nem desejos
Nas horas boas e más

Antes só.


(letra original: Arthur Ribeiro)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Confusion

" I wanted a perfect ending.
Now I've learned, the hard way, that some poems don't rhyme, and some stories don't have a clear beginning, middle, and end.
Life is about not knowing, having to change, taking the moment and making the best of it, without knowing what's going to happen next. "

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cansada

Tenho medo de me estar a acomodar à vida.
Tenho medo de de não ter expectativas.
Tenho medo de perder a capacidade de reagir, de lutar.

Estou cansada.
Quero saber o que é pedido de mim nesta vida. Quero saber porquê e para quê lutar. Quero que me ouçam, mas mais do que isso, quero que me indiquem um caminho. Porque sozinha tenho lutado no vazio sem encontrar a Luz. Mereço ser feliz, tal como todos os outros. Como é que lá chego? Por mim? Pelos outros? Esperando ou lutando? Acomodando-me ou reagindo?

Estou sem forças.
Tenho medo de andar à deriva pela vida.
Quero vivê-la, mas não sei como.
Quero chegar ao meu destino, mas não sei lá chegar.

Cada um carrega a sua cruz. Será esta a minha?
Quero a Luz.


Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Something must be wrong...

...when facebook is the one giving you the truth
you've been craving on.